PÃO DIÁRIO
“RESPEITANDO AS DIFERENÇAS”
“Perguntaram-lhe os seus discípulos: Rabi, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Respondeu Jesus: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi para que nele se manifestem as obras de Deus” (João 9:2-3).
A pergunta dos discípulos baseava-se na crença que a enfermidade física ou o sofrimento eram devidos ao pecado, quer dos pais, quer do próprio homem, supostamente com base na preexistência da alma, que alguns judeus defendiam. Jesus desfez o pensamento de qualquer pecado especial da parte do homem ou de seus parentes e sugeriu examinar o assunto de um ângulo completamente diferente. Deus permitira aquela condição para demonstração de Sua glória, quando Seu poder operasse. Naquele momento Jesus curou um cego de nascença.
No dia 21 de setembro é comemorado e lembrado em todos os estados brasileiros o Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. Como mãe de um filho especial, sei bem, as dificuldades que se passa ao longo da caminhada.
Não diferente da pergunta dos discípulos, tempos atrás ouvi algumas pessoas questionarem o que teríamos feito eu e meu esposo para termos tido um filho deficiente, como se nosso filho fosse um “castigo” de Deus por algo que pudéssemos ter feito. Confesso que fiquei estarrecida, pois, nunca considerei desta forma, pelo contrário, me sentia lisonjeada e privilegiada por tamanha confiança de Deus na minha capacidade de criar um filho especial.
Tomar conta de um ser especial não é para qualquer um. Passa-se por momentos de aflição, de angústia, sensação de impotência e tristeza, devido à ignorância de algumas pessoas que não entendem que cada um de nós vem com uma missão a cumprir, todavia, o privilégio de conviver e aprender com um ser especial é gratificante demais.
Infelizmente, ainda hoje, existe preconceito para com pessoas deficientes. Mesmo após a inclusão social, onde a sociedade aprendeu a ser mais inclusiva, compreensiva e solidária com a deficiência, permitindo que as crianças com deficiência frequentem a escola, saiam a rua, brinquem, vivam como uma criança dita “normal”, ainda há um longo caminho a percorrer para que todas as pessoas se sintam integradas e apoiadas por todos. 
Precisamos aprender a respeitar as diferenças, não apenas do deficiente, mas de todas as pessoas em si, pois, somos diferentes uns dos outros. Deus nos fez diferentes, justamente para que nos completemos.
Cada um de nós é único, com peculiaridades e modos diferentes. Contudo, somos filhos de um mesmo Pai, que nos cuida, nos protege, nos conduz de forma igualitária e sem regalias.
Respeitar as diferenças é amar as pessoas como elas são! “Você é único e não há ninguém igual a você” (Augusto Cury).
Tenha uma quinta-feira abençoada na Paz do Senhor!
Passo Fundo, 21 de setembro de 2017.

Marilda Sanderi

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