“CULTIVANDO A COMUNIDADE”
“Vocês podem desenvolver uma comunidade saudável e robusta que viva de acordo com Deus e desfrute os resultados se tão-somente derem conta da árdua tarefa de se relacionarem bem uns com os outros, tratando-se digna e honradamente” (Tiago 3.18).
Comunidade exige comprometimento. Somente o Espírito Santo pode criar uma verdadeira comunhão entre crentes, mas ele processa isso através das escolhas e compromissos que fazemos. É necessário tanto o poder de Deus quanto o nosso esforço para produzir uma comunidade cristã amorosa. Infelizmente, muitas pessoas crescem em famílias com relacionamentos perniciosos, então carecem das habilidades relacionais necessárias à verdadeira comunhão. Elas devem ser ensinadas a lidar e se relacionar com as outras pessoas na família de Deus. Felizmente, o Novo Testamento é repleto de instruções sobre como partilhar uma vida. Paulo escreveu: Escrevo-lhe estas coisas, [para que] saiba como viver na família de Deus. Essa família é a igreja.
Formar uma comunidade exige sinceridade. Você deverá ter uma grande dedicação a falar a verdade de forma carinhosa, mesmo quando preferir passar por cima de um problema ou desconsiderar um assunto. Nós frequentemente sabemos o que precisa ser dito a alguém, mas nossos temores nos impedem de dizer. Muitas comunidades são sabotadas pelo medo: ninguém tem coragem de falar em meio ao grupo, enquanto a vida de um membro desmorona. A Bíblia nos manda falar a verdade em amor, porque não podemos ter uma comunidade sem sinceridade. Salomão disse: A resposta sincera é sinal de uma amizade verdadeira. Muitas comunidades e grupos pequenos permanecem superficiais por terem receio de conflitos. A verdadeira comunhão, seja no casamento, seja na amizade, seja na sua igreja, depende da franqueza. Franqueza não é uma licença para dizer o que você quer, onde quiser e sempre que quiser. Não é grosseria. A Bíblia diz que existe um tempo certo e um modo certo de fazer cada coisa. Palavras impensadas deixam feridas permanentes.
Formar uma comunidade exige humildade. A presunção, o convencimento e o orgulho obstinado destroem a comunhão mais rápido que qualquer outra coisa. O orgulho ergue muros entre as pessoas; a humildade ergue pontes. A humildade é o unguento que acalma e suaviza as relações. É por isso que a Bíblia diz: Sejam todos humildes uns para com os outros. A vestimenta adequada à comunhão é a postura humilde.
Formar uma comunidade exige cortesia. Somos corteses quando respeitamos nossas diferenças e somos cuidadosos com os sentimentos uns dos outros e pacientes com as pessoas que nos irritam. A Bíblia diz: É preciso carregar o “fardo” de termos consideração para com as dúvidas e temores de outras pessoas — daqueles que sentem que essas coisas estão erradas. Agrademos ao outro, e não a nós próprios, e façamos aquilo que é para o seu bem e assim o edificaremos no Senhor.
Formar uma comunidade exige sigilo. Somente em um ambiente seguro, onde houver um acolhimento carinhoso e sigilo confiável, as pessoas se abrirão e compartilharão suas maiores mágoas, necessidades e erros. Deus detesta a fofoca; principalmente quando é maldosamente disfarçada como “pedido de oração” a favor de alguém. Deus diz: Os maus provocam discussões, e quem fala mal dos outros separa os maiores amigos. Deus é claro quando nos orienta a advertir os que causam dissensão entre cristãos.
Formar uma comunidade exige constância. Você deve manter um contato constante e regular com seu grupo, a fim de desenvolver a verdadeira comunhão. Relacionamentos exigem tempo. A Bíblia nos diz: Não abandonemos, como alguns estão fazendo, o costume de assistir às nossas reuniões. Pelo contrário, animemos uns aos outros. Devemos desenvolver o hábito de nos reunir.
Se você é membro de um grupo pequeno faça um pacto entre todos, o qual inclua as nove características da comunhão bíblica: “Partilharemos nossos verdadeiros sentimentos (autenticidade), incentivaremos uns aos outros (reciprocidade), apoiaremos uns aos outros (compaixão), perdoaremos uns aos outros (misericórdia), falaremos a verdade com amor (sinceridade), admitiremos nossas fraquezas (humildade), respeitaremos nossas diferenças (cortesia), não fofocaremos (sigilo) e faremos do grupo uma prioridade (constância)”. Quando você olha a lista de características, torna-se evidente o motivo por que comunhão é tão rara. Ela significa desistir de nosso individualismo e independência para nos tornar interdependentes. Tenha um sábado abençoado na Paz do Senhor!
Passo Fundo, 20 de janeiro de 2018.

Extraído do livro “uma vida com propósitos” – Rick Warren

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