PÃO DIÁRIO
“REPARANDO AS PORTAS”
“Bem vedes vós a miséria em
que estamos, que Jerusalém está assolada, e que as suas portas têm sido
queimadas a fogo; vinde, pois, e reedifiquemos o muro de Jerusalém, e não
sejamos mais um opróbrio” (Neemias 2:17).
No contexto em estudo havia em
Jerusalém 12 Portas de entrada para a cidade, que também estavam
destruídas, e que, assim como os muros também precisaram de restauração. Cada uma
das portas tinha uma função na cidade, como também nos traz um significado
espiritual. A primeira porta a ser restaurada foi a Porta do Gado ou das
Ovelhas, por ela passava as ovelhas que eram destinadas ao altar (sacrifício).
Importa ressaltar que esta porta foi a única a ser consagrada, foi o ponto de
início na reconstrução dos muros. Somos ovelhas e Cristo é o nosso Pastor que
restaura nossas vidas e a consagra para a Sua obra.
A segunda porta foi a Porta do Peixe, usada
como um local de encontro para venda de peixes, ali depois de
restaurada atrairia muitos comerciante de várias regiões. Esta Porta
representa, portanto, o trabalho. A terceira porta era chamada a Porta Velha,
esta tem dois significados: precisamos deixar nosso passado de lado, deixando
morrer o velho homem para sermos novas criaturas e, segundo, que a Palavra de
Deus é imutável, deve ser pregada na sua essência e na unção do Espírito Santo.
A quarta porta era conhecida como a Porta
do Vale, quando restaurada e aberta dava de frente para um vale. Vale, fala de
lutas e de dificuldades que todos enfrentamos em nossas vidas. Contudo, é necessário
passarmos por ela para sermos aprovados por Deus. A quinta porta era a Porta do
Monturo, usada para a limpeza da cidade, onde o lixo era tirado e lançado no
vale chamado Hinom. Para nós representa a limpeza, removendo toda a impureza de
nossos corações.
A sexta é a Porta da Fonte que ficava
próxima ao tanque de Siloé, onde Jesus curou um cego de nascença. Próximo a ela
havia uma fonte, uma nascente de águas cristalinas, pura. A nossa Fonte inesgotável
é Jesus. A sétima porta era a de Mifcade, a porta da guarda, na qual havia uma
torre de sentinela, onde ficava de vigilância soldados prontos para qualquer
ataque do inimigo. Em nossas vidas representa o lugar onde devemos orar e
vigiar.
A oitava porta era a do Pátio do
cárcere, uma espécie de prisão subterrânea que havia em Jerusalém onde os
detentos saiam para caminhar e pegar sol. Simboliza cadeias e prisões que nos
tentam afligir. A nona porta era a Porta das Águas, lugar onde tinha uma
corrente de águas limpas e cristalinas. Representa o nosso encontro com Deus
e sua Palavra.
A décima era a Porta dos Cavalos onde
ficavam os cavalos usados nas guerras. Simboliza as batalhas e lutas enfrentadas
em nossas vidas. A décima primeira porta era a Porta Oriental, acredita-se que
esta é a porta pela qual Jesus entrou em Jerusalém. Representa para nós a Sua volta.
Por fim, a décima segunda porta é a Porta de Efraim, que significa porção
dobrada, ou duplamente frutífero. Fomos escolhidos para dar frutos, e para
sermos abençoados por Deus.
Os muros e as portas de Jerusalém são como
a nossa vida, precisamos fechar as brechas e reparar as entradas do nosso
coração, da nossa alma e nosso espírito. “E os que de ti procederem edificarão as
antigas ruínas; e levantarás os fundamentos de geração em geração; e
chamar-te-ão reparador das roturas, e restaurador de veredas para morar”
(Isaías 58:12).
Tenha uma terça-feira abençoada na Paz
do Senhor!
Passo Fundo, 18 de julho de 2017.
Marilda Sanderi
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