PÃO DIÁRIO
“OLHE DEVAGAR! PERCEBA OS DETALHES”
“Eu gostaria de lhe agradecer pelas inúmeras vezes que você me enxergou melhor do que eu sou. Pela sua capacidade de me olhar devagar, já que nessa vida muita gente me olhou depressa demais” (Padre Fábio de Melo).
Quando olhamos depressa demais para alguém ou para alguma coisa, perdemos muito da essência que ela carrega. Não conseguimos atentar para as particularidades, para certas qualidades que às vezes estão tão guardadas que não temos a sensibilidade de perceber.
Em um primeiro olhar para algo ou alguém não se vê muita coisa, vê-se o conjunto, o todo. Mas, se passarmos a analisar, parte por parte, iremos perceber que cada qual possui uma beleza própria. Tem detalhes que requer tempo para serem apreciados.
Quando vamos comprar uma casa, por exemplo, a olhamos por fora, e em um primeiro olhar pode nos parecer pequena e sem muito espaço, todavia, quando entramos no seu interior percebemos que ela é aconchegante e que em seus cômodos encaixariam adequadamente os nossos móveis. E, apesar de aparentar pequena, abrigaria nossos pertences que ficariam muito bem distribuídos.
Da mesma forma, ao olharmos para alguém, precisamos olhar para além da aparência, além do seu exterior. É necessário olharmos o interior, para os sentimentos que carrega, para a sua história de vida, para o seu testemunho, para a sua trajetória. Precisamos entender que todos nós carregamos uma bagagem histórica diferente, mas não menos importante que outras.
Precisamos olhar para as pessoas mais devagar, com olhar mais atento. Quando olhamos com total atenção para alguém percebemos os motivos que o levam a ser introvertido, ríspido, desconfiado, medroso, triste, inseguro e reservado.
Além do que, quando fixamos bem o olhar em alguém passamos a ver uma beleza que antes não víamos, um brilho que antes não aparecia, um detalhe que pode fazer toda a diferença que antes não se percebia.
E, ao olharmos mais atentos para alguém perceberemos o imenso valor ele que traz consigo, e a beleza que antes estava oculta agora salta aos olhos com tanto primor que não conseguimos mais enxergar os seus defeitos.
“Sob a aparência que vos fere os sentidos... move-se a alma” (Honoré de Balzac)
Tenha um sábado abençoado na Paz do Senhor!
Passo Fundo, 14 de abril de 2018.
Marilda Sanderi

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