PÃO DIÁRIO
“DEUS PERMITE A PROVA COMO FORMA DE FORTALECER NOSSA FÉ”
Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus repreende; não desprezes, pois, a correção do Todo-Poderoso” (Jó 5:17).
O referido versículo está relatado no livro de Jó, onde Elifaz, o primeiro dos seus três amigos, que fala sem sabedoria faz o seu discurso. Ele afirma que o sofrimento de Jó é por causa do pecado. Todavia, ele se engana ao supor que a iniquidade humana explica todos os sofrimentos. Existem casos – como o de Jó – que o sofrimento é um meio da vontade permissiva de Deus para que haja um fortalecimento da Fé.
O engano de Elifaz reside na tentativa de explicara as ações divinas, ele explica o caso de Jó como sendo um castigo pelos pecados. “Porque ele faz a chaga, e ele mesmo a liga, ele fere, e as suas mãos curam. Em seis angústias te livrará; e, na sétima, o mal não te tocará. Na fome, te livrará da morte; e, na guerra, da violência da espada. Do açoite da língua estarás abrigado; e não temerás a assolação, quando vier. Da assolação e da fome te rirás, e os animais da terra não temerás” (Jó 5.18-22).
Embora seja verdade que Deus às vezes disciplina as pessoas por suas iniquidades com dor e sofrimento, a explicação que Elifaz buscava não estava firmada na verdade, mas em seus pressupostos os quais defendiam a Deus e jogavam a culpa em Jó. Ele falava como se Jó estivesse em pecado, e o que estava a passar era a mão de Deus retribuindo por seu desagrado. Em outras palavras ele estava dizendo: você pecou, Deus castigou. Arrependa-se e Deus reverterá a situação.
Nos dias de hoje não é diferente, basta alguém passar por uma luta ou situação difícil, que os Elifaz, Bildade e Zofar manifestam-se dizendo que está em falta com Deus. Quando na verdade, somos o tempo todo provados por Ele.
 “E disse o Senhor a Satanás: Observaste tu a meu servo Jó? Porque ninguém há na terra semelhante a ele, homem íntegro e reto, temente a Deus, e que se desvia do mal?” (Jó 1:8). Por estas palavras pode-se perceber que Deus se agradava de Jó. E, ainda assim, permitiu que ele passasse por muitas perdas, dor e sofrimento. Todavia, sabemos que “em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1:22).
Precisamos entender que seja qual for a prova ou luta que estivermos passando, ela nem sempre estará associada a culpas ou castigos, mas por um propósito maior de Deus para fortalecer nossa fé. Para entendermos que se confiarmos e perseverarmos até o fim, Ele nos amparará e nos susterá de pé.
A tribulação produz perseverança, experiência e esperança.  “Muitas são as aflições do justo, mas o Senhor o livra de todas” (Salmos 34:19).
Tenha uma semana abençoada na Paz do Senhor!
Passo Fundo, 12 de junho de 2017.

Marilda Sanderi

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