PÃO DIÁRIO
“CHUVA TEMPORÃ E SERÔDIA”
"E vós, filhos de Sião, regozijai-vos e alegrai-vos no Senhor vosso Deus, porque Ele vos dará em justa medida a chuva temporã; farei descer no primeiro mês, a temporã e a serôdia" (Joel 2:23).
Quando o profeta Joel escreveu sobre a chuva temporã e serôdia, Judá vivia uma época de grande devastação. Uma enorme praga de locustas havia destruído toda vegetação. Pastagens, tanto de ovelhas como de gado, morreram. Safras perdidas, fome e seca generalizada. Então, Deus, através do profeta, convoca o povo ao arrependimento. O mal, sobre Judá, teria vindo por conta do pecado. E em meio ao choro, pranto e arrependimento, Deus, envia promessa de abundância. Colheita a tempo e fora de tempo.
No versículo em destaque, o profeta Joel estava dizendo ao povo que se alegrasse, pois Deus enviaria a chuva em justa medida. A chuva temporã era aquela chuva que caía fora de época geralmente próximo ao final do ano por volta do final do mês de outubro e inicio de dezembro (no outono). Esta chuva era limitada e tinha o objetivo de molhar a terra e prepará-la para o plantio da Semente dando condições para que toda semente plantada durante essa chuva viesse a germinar. As chuvas temporãs preparavam o solo para a semeadura, deixando-o úmido e mais fofo, bem apropriado ao manuseio.
Já a chuva serôdia, era a que vinha no tempo certo. Também conhecida como a última chuva, caindo entre os meses de março e abril (na primavera). Diferentemente da chuva temporã, a chuva serôdia era uma chuva extremamente abundante. O objetivo era fazer as plantações frutificarem.
Fazendo uma analogia com o aspecto espiritual, a chuva temporã simboliza o primeiro contato com o Espírito Santo, representando a época em que aceitamos a Jesus como nosso Senhor e Salvador preparando-nos para que brote em nossa vida a semente da verdade. Semente, esta que precisa ser cultivada diariamente. A chuva serôdia vinha depois da estação chuvosa normal, de forma mais suave, porém abundante. Preparava a cultura para a colheita, possibilitando um solo perfeitamente hidratado, abastecendo as plantas, fazendo com que seus frutos, folhas e grãos ganhassem ainda mais volume, amadurecessem, e fossem colhidos com mais qualidade e fartura. Representa o amadurecimento espiritual. “A chuva serôdia, amadurecendo a seara da Terra, representa a graça espiritual que prepara a igreja para a vinda do Filho do homem” (Ellen White).
Nós, enquanto frutos, precisamos receber as primeiras e as últimas chuvas para estarmos prontos a sermos colhidos pelo nosso agricultor.
 “Sede, pois, irmãos, pacientes, até à vinda do Senhor. Eis que o lavrador aguarda com paciência o precioso fruto da terra, até receber as primeiras e as últimas chuvas.” (Tiago 5:7).
Tenha uma quarta-feira abençoada na Paz do Senhor!
Passo Fundo, 07 de junho de 2017.

Marilda Sanderi

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