PÃO DIÁRIO
“PASSANDO A LIMPO”
“Não faças da tua vida um rascunho. Poderás não ter tempo de passá-la a limpo” (Mário Quintana)
Passar um texto a limpo é retirar-lhe tudo o que não lhe pertence por direito, modificar o que deve ser modificado, adicionar o que falta, reduzi-lo apenas ao que deve ser.
Lembro-me dos tempos de escola, onde na pressa de copiar a matéria antes de a professora apagar o quadro, escrevia rápida e abreviadamente. Depois, ao chegar em casa, passava tudo a limpo com um pouco mais de capricho, com canetas coloridas e até florezinhas nos cantos da página.
Tal lembrança me remete a pensar que a vida da gente não é muito diferente. No momento em que estamos a fazer algo, no afã de ver tudo concluído, acabamos fazendo por metade ou de qualquer jeito. Depois, com um olhar mais crítico, percebemos que poderíamos ter feito melhor, nos empenhado mais. Mas então, já está feito. E, por mais que tentemos melhorar, como diz a expressão “é pior a emenda que o soneto”.
Diferente de passar um conteúdo a limpo é voltar a viver os momentos que já se foram de forma diferente. Não há como fazer isso. Uma vez que o tempo passou, não há como consertar o que ficou errado. Se não o aproveitarmos para fazer as coisas acertada e definitivamente não teremos tempo de consertá-lo depois.
Precisamos ser sensatos em tudo. No nosso agir, com o nosso tempo, nos nossos planos, nossos projetos, em todo o tempo agindo de forma madura e mais correta possível, para que não tenhamos do que nos arrepender depois e, quem sabe ter que voltar ao começo de tudo para reescrever de forma totalmente diferente.
Faça o que tiver que fazer no tempo oportuno. O tempo oportuno é a plenitude do momento apropriado para cada situação.
“Algumas pessoas vivem num eterno rascunho e não crescem por jamais passarem a limpo sua própria alma” (Reinaldo Ribeiro – O Poeta do Amor).
Tenha uma terça-feira abençoada na Paz do Senhor!
Passo Fundo, 19 de junho de 2018.
Marilda Sanderi

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