PÃO DIÁRIO

“INFÂNCIA NEGLIGENCIADA”

“Se alguém não cuida de seus parentes, e especialmente dos de sua própria família, negou a fé e é pior que um descrente” (1 Timóteo 5:8).

Infância é o período de crescimento que vai do nascimento à puberdade, ou seja, do zero aos doze anos de idade.

Negligência é o ato de omissão de aspectos cruciais ao desenvolvimento físico, intelectual e emocional saudável e equilibrado de uma criança, a nível intencional ou não.

Para um desenvolvimento emocional positivo e seguro dos filhos é importante crescer em um lar no qual pai e mãe estejam presentes e ofereçam apoio incondicional, conforto e proteção.

Infelizmente, não é o que se vê em nossos dias. Muitas são as crianças que convivem apenas com um dos seus progenitores, ou sem nenhum dos dois. Verdadeiras órfãs de pais vivos.

Fala-se muito da importância do papel do pai na educação e desenvolvimento dos filhos, mas o papel da mãe é imprescindível. E tanto um quanto o outro tem um compromisso para com a criação destes.

Diversos autores da psicologia afirmam que a ausência da figura masculina pode produzir conflitos no desenvolvimento psicológico e cognitivo da criança e acarretar distúrbios de comportamento. A ausência do pai pode gerar insegurança ou até agressividade para a criança.

Se viver sem a figura paterna já é difícil e traz complicações no desenvolvimento de uma criança, imagina a ausência da mãe, onde, sentir seu calor, sua atenção e o seu afeto talvez seja uma das principais necessidades que o ser humano pode experimentar ao longo da vida.

Nada no mundo pode compensar uma mãe ausente. Se, por algum motivo, uma mãe se ausenta na maior parte do tempo, uma ferida se abre no coração da criança que pode nunca fechar. E se estiver completamente ausente, o dano emocional é tão grande que a afetará para o resto da vida, principalmente nos primeiros seis anos de vida. “Perder a mãe na infância é perder o solo onde caminhar. É o último estágio da dor de uma criança” (Augusto Cury)

Os impactos da negligência na vida da criança geram, entre tantos outros, problemas de imaturidade estrutural, depressões, vários atrasos que se relacionam a esse estilo de vivência, problemas com regras sociais e de relacionamento.

Pais, não privem seus filhos da sua convivência, eles precisam de você. Os filhos são herança do Senhor, dádivas que Ele nos concedeu para cuidar, ensinar os Seus preceitos e conduzir nos Seus caminhos. Um dia teremos de prestar conta de tudo que Deus colocou sob nossa responsabilidade, sobretudo da nossa herança.

Deus "retribuirá a cada um conforme o seu procedimento" (Romanos 2:6).

Tenha uma quarta-feira abençoada na Paz do Senhor!

Passo Fundo, 24 de Agosto de 2022.

Marilda Sanderi

 

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