"A VOLTA DO CATIVEIRO"

TEXTO-BASE: SALMOS 126 – CÂNTICO DOS DEGRAUS –

“Quando o Senhor trouxe do cativeiro os que voltaram a Sião, estávamos como os que sonham. Então a nossa boca se encheu de riso e a nossa língua de cântico; então se dizia entre os gentios: grandes coisas fez o Senhor a estes. Grandes coisas fez o Senhor por nós, pelas quais estamos alegres. Traze-nos outra vez, ó Senhor, do cativeiro, como as correntes das águas no sul. Os que semeiam em lágrimas segarão com alegria. Aquele que leva a preciosa semente, andando e chorando, voltará, sem dúvida, com alegria, trazendo consigo os seus molhos.” Salmos 126:1-6

Cantado pelo povo quando subia o Monte Sião a fim de adorar o Senhor no templo.

Os eventos de Esdras cobrem um período um pouco maior do que 80 anos e caem em dois (2) segmentos distintos. Os capítulos de 1-6 cobre um período de 23 anos e tem como tema o primeiro grupo que retorna do exílio, bem como a reconstrução do templo.

O LIVRO DE ESDRAS

Depois de mais de 60 anos de cativeiro babilônico, Deus desperta o coração do regente da babilônia, o rei Ciro da Pérsia, para publicar um edito (1.3). “Quem há entre vós, de todo o seu povo, seja seu Deus com ele, e suba a Jerusalém, que é em Judá, e edifique a casa do Senhor, Deus de Israel; ele é o Deus que habita em Jerusalém”.

Um grupo de fiéis responde e partiu em 538 a.C. sob a liderança de Zorobabel. (1.5). “então se levantaram os chefes dos pais de Judá e Benjamim, e os sacerdotes, e os levitas, com todos aqueles cujo espírito Deus despertou, para subirem a edificar a casa do senhor, que está em Jerusalém”.

A construção do templo é iniciada, mas a oposição dos habitantes não Judeus desencoraja o povo e a obra é interrompida. (4:12-13). “Saiba o rei que os judeus que subiram de ti vieram a nós a Jerusalém, e edificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão restaurando os seus muros, e reparando os seus fundamentos. Agora saiba o rei que, se aquela cidade se reedificar, e os muros se restaurarem, eles não pagarão os direitos, os tributos e as rendas e assim se danificará a fazenda dos reis.” 
“Agora, pois, dai ordem para que aqueles homens parem, a fim de que não se edifique aquela cidade, até que se dê uma ordem por mim. Então cessou a obra da casa de Deus, que estava em Jerusalém e cessou até o ano segundo do reinado de Dario, rei da Pérsia. (4:21;24).

Deus então levanta o ministério profético de Ageu e Zacarias que chamam o povo para completar a obra. (6:14). “e os Judeus iam edificando e prosperando pela profecia do profeta Ageu e Zacarias, filho de Ido; e edificaram a casa e a aperfeiçoaram conforme o mando do Deus de Israel, e conforme o mandado de Ciro, e de Dario, e de Artaxerxes, rei da Pérsia.”

Embora menos esplêndido que o templo anterior, o de Salomão, o novo templo é completado e dedicado em 515 a.C.

Celebração da páscoa (6:19-22). “E os que vieram do cativeiro celebraram a páscoa no dia catorze do primeiro mês; porque os sacerdotes e levitas se tinham purificado como se fossem um só homem, e todos estavam limpos; e mataram o cordeiro da páscoa para todos os filhos do cativeiro, e para seus irmãos, os sacerdotes, e para si mesmos. Assim a comeram a páscoa os filhos de Israel que tinham voltado do cativeiro com todos os que a eles se apartaram de imundícia das gentes da terra, para buscarem o Senhor, Deus de Israel. E celebraram a festa dos pães asmos por sete dias com alegria, porque o senhor os tinha alegrado e tinha mudado o coração do rei da Assíria a favor deles, para lhes fortalecer as mãos na obra da casa de Deus, o Deus de Israel.”

Passados 70 anos (458 a.C.) outro grupo de exilados volta para Jerusalém liderados por Esdras.
 “Porque assim diz o senhor: certamente que passados 70 anos em Babilônia, vos visitarei, e cumprirei sobre vós a minha boa palavra, tornando a trazer-vos a este lugar.” (Jr. 29:10).
(7.10). “Porque Esdras tinha preparado o seu coração para buscar a lei do Senhor, e para a cumprir, e para ensinar em Israel os seus estatutos e os seus direitos”.

Esdras: “o Senhor tem ajudado”. Liderou a 2ª grande emigração do povo Israelita a Jerusalém no reinado do rei Artaxerxes em 458 a.C. homem de fé que confiava e honrava ao Senhor. Determinado a confiar em Deus. Líder justo e honesto. Se dispôs a deixar uma vida confortável e privilegiada em que se encontrava para ir a Jerusalém e fazer o povo obedecer a Deus, levando consigo os Judeus que quisessem voltar para a terra dos seus ancestrais (nossos missionários hoje).

Já em Jerusalém Esdras assumiu o ministério de reformador espiritual, o que deve ter durado cerca de um ano. Depois disso, viveu, provavelmente, como um influente cidadão até a época de Neemias. (7:25). “e tu, Esdras, conforme a sabedoria do teu Deus, que está na tua mão, põe regedores e juízes que julguem a todo o povo que está dalém do rio, a todos os que sabem as leis de teu Deus, e ao que as não sabe as fareis saber”.

Sacerdote dedicado, Esdras encontra um Israel que tinha adotado muitas práticas dos habitantes pagãos. Ele chama Israel ao arrependimento e uma renovada submissão à lei, ao ponto do divórcio com suas esposas pagãs. (9:11-12) “Os quais mandaste pelo ministério de teus servos, os profetas, dizendo: a terra em que entrais para a possuir, terra imunda é pelas imundícias dos seus povos, pelas abominações com que, na sua corrupção, a encheram, de uma extremidade à outra. Agora, pois, vossas filhas não dareis a seus filhos, e suas filhas não tomareis para vossos filhos, e nunca procurareis a sua paz e o seu bem; para que vos fortaleçais, e comais do bem da terra, e a façais possuir a vossos filhos para sempre”.

Duas grandes mensagens emergem de Esdras: a fidelidade de Deus e a infidelidade do homem. Deus havia prometido a Jeremias que o cativeiro babilônico teria duração limitada. (Jr. 25:12) “Acontecerá, porém, que, quando se cumprirem os setenta anos, visitarei o rei de babilônia, e esta nação, diz o Senhor, castigando a sua iniquidade, e a da terra dos Caldeus; farei deles uns desertos perpétuos”.

Tema principal do livro de Esdras: o regresso dos Judeus do seu cativeiro em Babilônia para reconstrução do templo.

Babilônia: confusão 
Jerusalém: presença de Deus
Mensagem espiritual: o poder da palavra de Deus na vida humana.

Os livros de Esdras e Neemias registram que Deus cumpriu as promessas feitas aos profetas ao fazer regressar seu povo do cativeiro. A fidelidade de Deus é contrastada com a infidelidade do povo.

Cativeiro babilônico: período em que os Judeus passaram por desobediência a Deus no reinado de Nabuconosor que foi vencido por Ciro do reino medo-persa, e que depois foi vencido por Alexandre o grande que era filho de Felipe da macedônia.

Entre os cativos havia fiéis ao senhor: Daniel, Ananias, Misael, Azarias. Permaneceram servindo a Deus.


Ministrado por Marilda Monteiro em Março/2013 na IEAD - Congregação do Bertol. Passo Fundo - RS.

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